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quinta-feira, 15 de maio de 2014

Postos da Polícia Militar: PMs e bombeiros aguardam para conversar com governador.

Nesta quarta-feira (14), primeiro dia de paralisação de uma comissão independente de policiais e bombeiros militares no Recife e Região Metropolitana, dezenas de viaturas da PM estão paradas em frente ao 16º Batalhão Frei Caneca, no Cais de Santa Rita, área central do Recife. Alguns pontos móveis da Polícia Militar, também pelo Centro, estão fechados e sem movimento. No percurso de Olinda à área central da capital pernambucana, nenhum PM foi visto pela equipe de reportagem do G1.



No Cais de Santa Rita, os policiais não quiseram se identificar, mas afirmam que o batalhão inteiro parou as atividades. O posto da esquina da Rua Sete de Setembro, próximo à Avenida Conde da Boa Vista, e o da Rua da Imperatriz que fica na esquina com a Rua do Hospício, também no Centro, não abriram.

A comerciante Mônica Bastos mora no Ibura e, no percurso para a Conde da Boa Vista, disse não ter visto nenhum policial, nem perto do posto da Rua Sete de Setembro. “Mas também não há nada fora do normal. Medo a gente tem todos os dias, mas hoje estamos mais apreensivos, já que não temos a garantia da polícia na rua”, conta.

A doméstica Josiane Carneiro também não viu policiamento nas ruas. “Já sabia da greve desde ontem. A gente já sai com medo de casa. Se é ruim com a polícia, imagina sem”, criticou. Alguns fiscais da Empresa de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb) que estavam próximos à avenida informaram que o movimento costuma sem pouco no início da manhã, mas que deve aumentar perto de meio-dia.

Na Imperatriz, a comerciante Simone Maria Silva trabalha em um fiteiro ao lado do ponto móvel da PM e notou que o movimento está mais parado do que em dias normais. Até a metade da manhã, ela havia feito poucas vendas. “Com os policiais, pelo menos intimida. Sem eles, temos nada, ainda mais aqui. Hoje não vendi quase nada, acho que o povo está com medo de ir para a rua”, disse a comerciante.  A impressão é compartilhada pela vendedora informal Nívea Silva. “Eu não estou com medo não, mas não estou vendendo nada. Ninguém sai de casa sem precisar quando tem uma notícia assim [de paralisação]”, afirmou Nívea.

De acordo com a secretaria estadual de imprensa, o Governo do Estado não reconhece a paralisação dos policiais militares e bombeiros. Uma reunião entre o governo e uma comissão dos PMs e bombeiros está marcada para as 10h desta quarta, no Palácio do Campo das Princesas, na área central do Recife. Alguns PMs e bombeiros se concentram na frente da sede do governo.

Até as 6h, o Plantão da Central de Flagrantes não havia feito nenhuma nova ocorrência. A última teria sido às 22h da terça.

Entenda a paralisação -Em assembleia realizada na noite da terça-feira, em frente ao Palácio do Campo das Princesas, sede do governo de Pernambuco, no Recife, uma comissão independente de policiais e bombeiros militares decidiu cruzar os braços, após participar de reunião com o secretário da Casa Civil, Luciano Vasquez, e com o chefe da Casa Militar, coronel Mario Cavalcanti de Albuquerque. Não há consenso sobre o número de participantes da assembleia: os representantes do movimento afirmam que 6 mil PMs e bombeiros estavam no local, mas o Batalhão de Polícia de Trânsito informa que não passou de 2 mil o total de presentes.

 G1

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