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segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

"A beleza do Orizonte está em seu limite": onde está o limite do brasileiro?


Há especialistas categóricos em afirmar que o parto cesariano deixa sequelas duradouras e carentes de tratamento especializado para retirar suas marcas. Analogamente, é o que passa a sociedade brasileira, que de forma abrupta e traumática conquistou diretos individuais derrubando a escravidão, e coletivos destituindo o regime militar, mas as sequelas precisam ser tratadas.



A gama de direitos alcançados aliada a um conjunto de autoridades produto das lutas históricas estocomizaram o país de tal forma que cada individuo acredita e exerce seus direitos como prioritário sobre o de todos os outros, ou seja, está acima do interesse coletivo. Não raro as pessoas fecham as ruas, usam artefatos explosivos, destroem e incendeiam patrimônios, aterrorizam os demais,  que, temerosos, são podadas em seu direito de ir e vir.

Contudo, existem os abnegados, que em função do dever profissional e comprometimento com a causa descrita na Flâmula do Pavilhão Nacional, lutam pela ordem em nome do progresso, a exemplo, dos policiais militares de todo o país. Estes, devem ir as ruas combater os que batem, sem bater; os que matam, sem matar. Cenas recentes mostraram um jovem "filhinho de papai intitulado Black Block" exercendo seu "direito" de derrubar e agredir  com um estilete um policial militar, salvo por um colega, que usando a força necessária atirou cotra o agressor.

Esse, certamente não sabe até onde vai a sua liberdade, ele e seus pares - são muitos- precisam ser podados pelo Estado, visando preservar a coletividade, ou os danos podem ser irreversíveis. Mas, eles tem incontáveis defensores, principalmente na mídia, que consegue legitimar versões paradoxais às imagens. E quando um dos seus vai de encontro à retórica pronta é rechaçado, como o foi a Jornalista Rachel Sheherazade. e o será o Luis Carlos Prates, por expressar sua indignação contra a marginalidade e seus defensores de plantão, mas expor seu apoio aos policiais militares.


Todavia, a imprensa sentiu na carne ao ver o Jornalista Cinegrafista Santiago, da rede Bandeirantes, ser morto em praça pública por alguns desses sem limites, enquanto trabalhava. Imediatamente a imprensa (através da Rede Globo; repórter Bernardo Meneze) acusou veementemente a polícia militar de tê-lo atingido, veja vídeo. Foi necessário um cinegrafista da imprensa internacional expor imagens de vídeo para que a PM não fosse mais apedrejada, então apareceram análises de fotos da Globo revelando que o explosivo não era policial.


Diante de tantos fatos e acusações levianas, até porque o Santiago morreu, talvez não seja importante o fato de uma instituição que é considerada um aborto social – A POLICIA MILITAR – ter dado todo o apoio ao jornalista ferido e o socorrido ao hospital. Hoje o país vive a sociedade das minorias, do individual, e por isso sofre cólicas sociais agudas, que, em não sendo tratadas, provocarão o aborto da coletividade. Se as cenas de justiça com as próprias mãos que se multiplicam pela nação já não são reflexos disso. "A beleza do Orizonte está em seu limite" (Buaj)


Jaguaraci Barbosa

Um comentário:

  1. O rojão deixado no chão, era para os policiais e não para o cinegrafista. Se fosse um policial que tivesse sido atingido, não estariam fazendo tanto estardalhaço. A vontade de prejudicar a polícia é tanta, que eles esquecem da própria segurança. Ele assumiu o risco, agora é tarde.

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