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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

À mesa com Wagner, PMs não esquecem deputados e disparam: puxa-saquismo


Uma reunião realizada na tarde de terça-feira (7), entre o governador do Estado, Jaques Wagner (PT), e uma comitiva que representou a Polícia Militar da Bahia significou o primeiro passo para um acerto de contas entre as partes. No encontro, realizado na Governadoria, estavam o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB), o vereador Soldado Prisco (PSDB), o comandante Geral da PM, Coronel Castro, além das associações da classe. "Ontem foi um ato de apresentação das propostas e o Governo nos deu 45 dias para comunicar o que irá acatar para ser levado à votação na Assembleia", explicou Prisco, informando que antes de ser levado à Alba, as propostas acatadas pelo governador irão passar para as associações. "Isso porque várias questões apresentadas estão em consenso com o Governo, mas algumas não estão em consenso entre as associações", pontou. A apresentação de proposta salarial e plano de carreira estão entre os principais pontos discutidos na reunião. "Na próxima terça as associações irão se reunir para emitir uma nota pública na qual estas propostas estarão descritas", revelou.
 

Ainda segundo o vereador, a URV não entrou na pauta "já que não tem mais discussão. O Supremo já decidiu e o governador terá que pagar", ressaltou. Ainda sobre a reunião, o edil revelou a grande expectativa da categoria e "não sabemos se tudo o Governo irá acatar. Antes de enviar para Alba, ele (Wagner) irá passar para a gente o que irá nos conceder. Haverá a reunião com a parte técnica do Governo - Saeb, SSP - que irá fazer uma avaliação para transformar estas propostas em projeto de lei", afirmou.
 
Prisco reforçou ainda que o projeto da Associação de Policiais e Bombeiros e de seus Familiares do Estado da Bahia (Aspra) é criar um acesso único para que o profisisonal ingresse na categoria. "Tem que ser Praça primeiro para seguir a carreira oficial. Tem que começar de baixo como qualquer carreira. Isso é um pedido antigo da categoria e, inclusive, terá que ter nível superior até para elevar a condição e formação do profisisonal. A categoria é a única no Brasil que não tem um plano de carreira estabelecido", reivindicou.
 
Quando questionado sobre sentar à mesa junto com o governador do Estado, o peessedebista acredita que o Governo fez algo inovador, "o que era para ter acontecido antes da greve. Tivemos que fazer greve para ele (Wagner) sentar e negociar", criticou. O que o líder grevista e coordenador da Aspra espera agora é que as prospotas saiam do papel, até porque, segundo ele, "quem criou a expectativa foi o próprio Governo. Não adianta tudo isso se o Governo nos usar como propaganda eleitoral", alfinetou.
 
Já com relação aos deputados que no ano passado votaram contra o aumento salarial e efetivo da categoria, Prisco afirma que irá fiscalizar e "vamos lotar a Assembleia. Vamos cobrar um compromisso deles (os deputados) com a Segurança Pública, ou será que eles tem apenas compromisso partidário?", questionou.

Compartilhando da mesma ideia, o deputado estadual Capitão Tadeu (PSB) acredita que caso o projeto chegue na Assembleia "a expectativa é muito boa. A ansiedade é com relação ao que é que o governador irá acatar e, sem dúvida, plano de carreira em termos de mudança de critérios da promoção e aceleração das promoções está entre a principal proposta discutida", afirmou.
 
Mas, quando a reportagem resgatou a memória do parlamentar com relação à derrota da categoria na Alba, os deputados e o presidente da Casa, Marcelo Nilo, foram alvos de crítica por parte do político. "Foi um projeto de minha autoria (referindo-se ao aumento de salários e efetivo da categoria) e houve uma votação empatada. O painel eletrônico indicou 24 a 24. Empatou. Aí, o presidente Marcelo Nilo deu o voto de minerva contrário aos policiais. Foi a primeira vez que isso aconteceu", criticou, já explicando a ação do colega. "Ele (Nilo) quis agradar o governador. É puxa-saco do governador", disparou.
 
Para o parlamentar, a atitude foi uma resposta aos votos apresentados, já que a maioria dos deputados que votaram contra são petistas. "Nilo puxou o saco pra ter o apoio do governador e conseguiu. Este é um ano eleitoral, último do governo Wagner e a categoria espera que não tenhamos a necessidade desse puxa-saquismo", mandou o recado.
 
A Polícia Militar faz questão de não esquecer os deputados estaduais que votaram contra o aumento do salário dos PMs e aumento do efetivo. Relembre com a lista abaixo:
 
Aderbal Caldas (PP)
Adolfo Menezes (PRP)
Álvaro Gomes (PCdoB)
Ângelo Coronel (PP)
Bira Corôa (PT)
Edson Pimenta (PCdoB)
Emério Resedá (PDT)
Euclides Fernandes (PDT)
Getúlio Ubiratan (PMN)
Isaac Cunha (PT)
J. Carlos (PT)
Javier Alfaya (PCdoB)
João Bonfim (PDT)
Jurandy Oliveira (PRP)
Luiz Argôlo (PP)
Maria Luiza Laudano (PTdoB)
Nelson Leal (PSL)
Neusa Cadore (PT)
Paulo Rangel (PT)
Roberto Carlos (PDT)
Roberto Muniz (PP)
Valmir Assunção (PT)
Waldenor Pereira (PT)
Zé Neto (PT)
 
"A expectativa é muito grande por parte dos poiciais. A frustração desta expectativa pode ser perigoso para a Bahia", anuncia Capitão Tadeu do que pode vir por aí. 

Bocão News

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