Depois de passar por quatro cirurgias, ficar com sequelas e ser considerada inválida pela seguradora DPVAT, após um acidente automobilístico na qual foi considerada morta, em fevereiro do ano passado, a PM Mônica Carvalho Bião sofreu abuso de autoridade praticado pelo major da PM, Sérgio Luís, durante uma perícia médica, na tarde desta sexta-feira, na Junta Médica da PM.
Após a terceira cirurgia na tentativa de solucionar uma sequela na mandibula, há quinze dias, a PM foi diagnosticada com quadro de depressão. Com o objetivo de comunicar o fato à Junta Militar, a servidora pública, que sempre atuou com empenho integrando equipes da Rondas Especiais da PM, apresentou, na tarde desta sexta-feira, o último atestado de afastamento.
Ao apresentar o documento ao major da Junta Médica, Sérgio Luís, ela passou a ser atacado verbalmente. "O major disse que meu atestado, porque o médico esqueceu-se de colocar a data, era falso. Ainda me acusou de ficar "360 dias em casa me coçando", afirmou a militar muito abalada.
QUADRO DA PM
Na última cirurgia, a equipe médica que operou a PM retirou uma parte da orelha da militar na tentativa de substituir por um disco da mandibula. Acompanhada de um militar que testemunhou as agressões verbais, a PM tentou formalizar queixa na ouvidoria Militar, ontem à tarde, mas foi orientada a retornar para realizar a queixa na segunda-feira.
Mônica Bião tem diversos laudos médicos que atestam a inviabilidade de retorno ao trabalho. "E não fico feliz por isso. Perdi dois amigos. Fui considerada morta e tenho que passar por isso? Sou uma policial da ativa, não quero ficar em casa. Quero trabalhar, mas, infelizmente, ainda não posso", lamentou a PM.
O vereador soldado Prisco e o jurídico da Aspra vão entrar com uma representação junto ao Ministério Público, na segunda-feira. "Esta mulher é uma guerreira. Sempre exerceu suas atividades com coragem e empenho. Não merecia ser tratada desta forma", reclamou o vereador.
OBS.: Segue abaixo o link da matéria que divulgou o acidente, que chocou a Polícia Militar, sofrido pela PM que resultou na morte de dois colegas de farda em fevereiro de 2012.
Com informações da assessoria de comunicação
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