Translate

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Polícia é polícia


Muito estranho alguns setores da sociedade manifestarem crescente preocupação com a morte de marginais em confronto com policiais civis ou militares e, ao mesmo tempo, silenciarem em relação aos agentes da lei executados com frequência no Rio e também em São Paulo. Vivemos uma guerra aberta e temos de estar ao lado de quem nos defende, que são os policiais.

É claro que as polícias precisam de uma operação ‘ficha limpa’, afastando os maus elementos, o que, de certa maneira, vem sendo feito. Necessário também executar programa de treinamento e capacitação que melhore a formação do policial e, consequentemente, o remunere melhor. Além de equipamentos de última geração, como pistolas com mira a laser, o que eliminou a chamada ‘bala perdida’ onde são usadas, como em Israel.

Muita coisa deve ser feita, a começar por impedir que oficiais sejam sócios de firmas de segurança e, no caso de bombeiros, de empresas de projetos de licenciamento de edificações contra incêndio. E isso, pelo menos, num período de quarentena de cinco anos e a interdição devendo incluir parentes de primeiro grau neste tipo de empresa. Assim, evitam-se constrangimentos como os de um oficial possuir um carro de R$ 600 mil.

O Rio está mudando com as UPPs, o povo apoia, ganha em qualidade de vida e tranquilidade. Portanto, não tem cabimento essa campanha que, na verdade, pretende inibir a ação policial, sem a qual a população estaria desprotegida. Ninguém advoga violência, muito menos crimes contra a vida, mas polícia é polícia; bandido é bandido. Mortos estão em ambos os lados. Sendo que um defende o cidadão e o outro quer lhe tomar o patrimônio, a família e, se julgar necessário, a vida.

Não dá para entender o que se passa nessas cabeças, quando eles mesmos podem ser alvo de uma violência na rua ou em sua própria casa, nesta guerra que, finalmente, a sociedade sente a vontade — e a coragem — política de ser enfrentada. Prestigiar os policiais faz lembrar o dito popular do “ruim com eles, pior sem eles”.

Jornalista Aristóteles Drummond

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Arquivo do blog