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sábado, 3 de dezembro de 2011

As contradições da Justiça Brasileira

O Poder Judiciário é a última instância de esperança dos cidadãos. Quando falha ou erra, a Justiça deixa as pessoas órfãos de cidadania. Muito preocupante foi a afirmação corajosa da Ministra do Superior Tribunal de Justiça, Drª Eliana Calmon, sobre a existência de “bandidos de toga”.

Já imaginou, um cidadão recorrer à Justiça para se proteger de um bandido e encontrar outro para julgar o caso. É o fim do mundo!

Da mesma forma quando um cidadão encontra um policial bandido, um deputado bandido, um advogado bandido, por aí afora...

Alguém já disse que lugar de bandido é na cadeia. É certo que com respeito aos direitos fundamentais da pessoa humana, mas na cadeia.

Pois bem: o banqueiro Cacciola lesou o sistema financeiro foi preso e logo em seguida posto em liberdade pela Justiça Federal. Aproveitou e fugiu para sua outra terra natal, a Itália. Foi preso em Mônaco, extraditado para o Brasil e hoje, mais uma vez, é posto em liberdade condicional. Disseram que a lei permite.

A grande imprensa brasileira foi impedida pela Justiça Federal de divulgar uma investigação sobre o filho do Presidente do Senado (e Ex-Presidente da República) José Sarney.

O banqueiro Daniel Dantas foi posto em liberdade porque a Justiça Federal entendeu que as provas produzidas pela Polícia Federal eram ilegais.

Cinco Ministros do governo Dilma foram demitidos sob acusação de corrupção e mesmo assim saíram aplaudidos. A Justiça Federal abre processo, mas os ex-ministros estão soltos. A lei permite. Tudo bem!

O Ex-Governador do Distrito Federal do DEM, Arruda, foi preso e afastado do cargo por corrupção. Hoje está na rua.

O atual Governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, do PT, embaraçado até o pescoço com denúncias de corrupção, sendo processado pela Justiça Federal, mas continua solto e administrando o governo numa boa.

Enquanto isso, aqui na Bahia, 7 policiais militares estão presos preventivamente pela Justiça Federal só porque abordaram pessoas armadas, em uma caminhonete. Eram policiais federais em investigação sigilosa, em uma pequena cidade do Sudoeste Baiano. Detalhe: conduzindo um veículo com placa fria do Paraná. É o gato escondido com o rabo de fora.

Sentindo-se desmoralizados, os Policiais Federais apenas com os seus testemunhos, conseguiram a prisão preventiva dos policiais estaduais na Justiça Federal. Aquela mesma que soltou banqueiros e não prende ministros corruptos.

Os federais fazem uma missão sigilosa desastrosa, deixam-se notar pelas pessoas, que os denuncia e se sentem humilhados com uma abordagem policial.

Com tantos assaltos a banco pelo interior, como não abordar pessoas em atitude incomum para a região?

Só para lembrar: no Rio do Janeiro, Nem, o maior traficante do Estado, só foi preso porque a PM abordou o carro que era conduzido por alguém que se passava por um Cônsul do Congo. Já pensou se a PM não o abordasse só porque ele se dizia Cônsul do Congo?

E agora? Policiais presos por agirem corretamente e a Justiça Federal, tão meiga e compreensiva com os bandidos do colarinho branco e dura-injusta com os policiais.

Todo bandido, seja policial, banqueiro, juiz, deputado, mecânico, manicure ou artista tem que pagar por seus erros, mas os inocentes devem ser protegidos. A justiça não pode ser “caolha”: cega para os pobres e vidente para os poderosos.

É por essas e outras que a violência no Brasil e na Bahia ultrapassou todos os limites!

Capitão Tadeu Fernandes - Deputado Estadual





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